Após cobrar por sacola plástica, Atakadão Atakarejo passa a vender caixas de papelão e embalagens descartadas - PNOTÍCIAS

[Após cobrar por sacola plástica, Atakadão Atakarejo passa a vender caixas de papelão e embalagens descartadas] — Aqui sua denúncia vira notícia
Após cobrar por sacola plástica, Atakadão Atakarejo passa a vender caixas de papelão e embalagens descartadas
10 de Novembro de 2020 às 10h39 - Por: Beatriz Araújo Foto: Leitor PNotícias

Rede de supermercados garantiu que a cobrança dos itens só é feita para pessoas que não estão comprando nas lojas

Depois de passar a cobrar dos clientes o valor de R$ 0,20 pelas tradicionais sacolas utilizadas para embalar e carregar as compras, o Atakadão Atakarejo estaria cobrando também por embalagens já utilizadas e descartadas pelo estabelecimento. De acordo com um ouvinte do programa PNotícias, da Piatã FM, a unidade do supermercado localizada na entrada do bairro de Fazenda Coutos estaria anunciando aos clientes a venda de embalagens como caixas de papelão, sacos de cebola, sacos de farinha de trigo e baldes de margarina, todas vazias, que custam entre R$ 0,25 e R$ 2,00.

“Olha só a que ponto estamos chegando , o Atacadão Atakarejo além de vender os sacos plásticos nos caixas, passou a vender também as caixas que são descartadas por repositores, sacos de cebola e balde de margarina vazios”, relatou o denunciante.

O registro de um anúncio enviado pelo ouvinte mostra uma suposta tabela de preços criada pelo supermercado para enfatizar o cliente a comprar embalagens que costumam ser utilizadas e descartadas pelo próprio estabelecimento.

Confira:

Quem costuma fazer compra no Atakadão Atakarejo também mostrou indignação com a novidade. De acordo com uma das clientes, o supermercado teria ainda aumentado o valor das sacolas de compras de R$ 0,20 para R$ 0,30. “Eu acho um absurdo porque a gente já compra as coisas tão caras e quando a gente vai no Atakarejo, tem que pagar saco, tem que pagar caixa. Os sacos eles cobram R$ 0,30 centavos agora, são uma porcaria, a gente não pode comprar um só, tem que comprar dois ou três. Eu acho isso um absurdo”, conta.

Outro cliente aponta ainda para o fato do supermercado ter passado a cobrar pelas embalagens e ao mesmo tempo, deixado de disponibilizar funcionários para realizar o processo de empacotamento dos produtos: “Eles estão cobrando a sacola e ainda a gente tem que embalar nossa mercadoria. As coisas mudaram. Antigamente a gente comprava, ganhava o saco e tinha empacotador. Hoje você tem que pagar sacola e ainda ter que embalar sua mercadoria. É brincadeira um negocio desses? Mas aqui na Bahia tudo pode”, disse.

Em contato com o PNotícias, outro denunciante que costuma efetuar compras no supermercado informou que a novidade proposta pelo Atakadão Atakarejo é, na verdade, uma estratégia. De acordo com ele, o estabelecimento teria passado a cobrar por essas embalagens depois que os clientes deixaram de comprar as sacolas plásticas vendidas incialmente a R$ 0,20.

“Eles estão cobrando pelas caixas porque o povo deixou de comprar as sacolas plásticas e passou a pegar as caixas e embalagens que eles estavam descartando”, aponta.

Segundo informações do superintendente de Proteção e Defesa do Consumidor da Bahia (Procon-BA), Filipe Vieira, em entrevista ao PNotícias, não há na Bahia ou em Salvador lei que impeça a cobrança das sacolas, mas existe a possibilidade de abusividade.

“Não há lei municipal que proíba. Contudo, iniciar a cobrança sem aviso ao consumidor de algo que, habitualmente, era utilizado sem um custo direto, pode ser considerado uma forma de abusividade”, explicou o superintendente.

“Da mesma forma, também é permitida a busca de novas fontes de lucratividade do negócio, porém, além disso, há o contexto da pandemia em que o preço do alimento, por si só, já está alto. Com isso, embora possa ter busca no aumento dos lucros, por outro lado, pode ser considerado algum grau de abusividade caso a informação não tenha sido passada de maneira ampla ao consumidor e pelo momento de pandemia que estamos vivenciando”, completou.

O PNotícias entrou em contato com a assessoria de comunicação do Atakadão Atakarejo para apurar o motivo da cobrança dessas embalagens, desde quando e em quais unidades elas estariam sendo realizadas. A assessoria do estabelecimento afirmou que a comercialização das embalegens é direcionada às pessoas que não realizaram compras no local, ao contrário do foi denunciado à reportagem.

"Prezando pela política de sustentabilidade em todas as lojas, o Atakadão Atakarejo tem o objetivo de reduzir, reutilizar e reciclar resíduos, disponibilizando de sacolas retornáveis e biodegradáveis para os consumidores. Desta forma, o Atakarejo esclarece que as embalagens que estão à venda, como: caixas, sacolas e baldes, são vendidas para as pessoas que não estão consumindo no mercado e que vão ao estabelecimento apenas em busca desses itens", diz a nota. "Vale ressaltar que o cliente que efetua a compra no estabelecimento pode usar as caixas que são disponibilizadas, sem precisar efetuar o pagamento delas", conclui.

Aqui sua denúncia vira notícia
Após cobrar por sacola plástica, Atakadão Atakarejo passa a vender caixas de papelão e embalagens descartadas
10 de Novembro de 2020 às 10h39 - Por: Beatriz Araújo Foto: Leitor PNotícias

Rede de supermercados garantiu que a cobrança dos itens só é feita para pessoas que não estão comprando nas lojas

Depois de passar a cobrar dos clientes o valor de R$ 0,20 pelas tradicionais sacolas utilizadas para embalar e carregar as compras, o Atakadão Atakarejo estaria cobrando também por embalagens já utilizadas e descartadas pelo estabelecimento. De acordo com um ouvinte do programa PNotícias, da Piatã FM, a unidade do supermercado localizada na entrada do bairro de Fazenda Coutos estaria anunciando aos clientes a venda de embalagens como caixas de papelão, sacos de cebola, sacos de farinha de trigo e baldes de margarina, todas vazias, que custam entre R$ 0,25 e R$ 2,00.

“Olha só a que ponto estamos chegando , o Atacadão Atakarejo além de vender os sacos plásticos nos caixas, passou a vender também as caixas que são descartadas por repositores, sacos de cebola e balde de margarina vazios”, relatou o denunciante.

O registro de um anúncio enviado pelo ouvinte mostra uma suposta tabela de preços criada pelo supermercado para enfatizar o cliente a comprar embalagens que costumam ser utilizadas e descartadas pelo próprio estabelecimento.

Confira:

Quem costuma fazer compra no Atakadão Atakarejo também mostrou indignação com a novidade. De acordo com uma das clientes, o supermercado teria ainda aumentado o valor das sacolas de compras de R$ 0,20 para R$ 0,30. “Eu acho um absurdo porque a gente já compra as coisas tão caras e quando a gente vai no Atakarejo, tem que pagar saco, tem que pagar caixa. Os sacos eles cobram R$ 0,30 centavos agora, são uma porcaria, a gente não pode comprar um só, tem que comprar dois ou três. Eu acho isso um absurdo”, conta.

Outro cliente aponta ainda para o fato do supermercado ter passado a cobrar pelas embalagens e ao mesmo tempo, deixado de disponibilizar funcionários para realizar o processo de empacotamento dos produtos: “Eles estão cobrando a sacola e ainda a gente tem que embalar nossa mercadoria. As coisas mudaram. Antigamente a gente comprava, ganhava o saco e tinha empacotador. Hoje você tem que pagar sacola e ainda ter que embalar sua mercadoria. É brincadeira um negocio desses? Mas aqui na Bahia tudo pode”, disse.

Em contato com o PNotícias, outro denunciante que costuma efetuar compras no supermercado informou que a novidade proposta pelo Atakadão Atakarejo é, na verdade, uma estratégia. De acordo com ele, o estabelecimento teria passado a cobrar por essas embalagens depois que os clientes deixaram de comprar as sacolas plásticas vendidas incialmente a R$ 0,20.

“Eles estão cobrando pelas caixas porque o povo deixou de comprar as sacolas plásticas e passou a pegar as caixas e embalagens que eles estavam descartando”, aponta.

Segundo informações do superintendente de Proteção e Defesa do Consumidor da Bahia (Procon-BA), Filipe Vieira, em entrevista ao PNotícias, não há na Bahia ou em Salvador lei que impeça a cobrança das sacolas, mas existe a possibilidade de abusividade.

“Não há lei municipal que proíba. Contudo, iniciar a cobrança sem aviso ao consumidor de algo que, habitualmente, era utilizado sem um custo direto, pode ser considerado uma forma de abusividade”, explicou o superintendente.

“Da mesma forma, também é permitida a busca de novas fontes de lucratividade do negócio, porém, além disso, há o contexto da pandemia em que o preço do alimento, por si só, já está alto. Com isso, embora possa ter busca no aumento dos lucros, por outro lado, pode ser considerado algum grau de abusividade caso a informação não tenha sido passada de maneira ampla ao consumidor e pelo momento de pandemia que estamos vivenciando”, completou.

O PNotícias entrou em contato com a assessoria de comunicação do Atakadão Atakarejo para apurar o motivo da cobrança dessas embalagens, desde quando e em quais unidades elas estariam sendo realizadas. A assessoria do estabelecimento afirmou que a comercialização das embalegens é direcionada às pessoas que não realizaram compras no local, ao contrário do foi denunciado à reportagem.

"Prezando pela política de sustentabilidade em todas as lojas, o Atakadão Atakarejo tem o objetivo de reduzir, reutilizar e reciclar resíduos, disponibilizando de sacolas retornáveis e biodegradáveis para os consumidores. Desta forma, o Atakarejo esclarece que as embalagens que estão à venda, como: caixas, sacolas e baldes, são vendidas para as pessoas que não estão consumindo no mercado e que vão ao estabelecimento apenas em busca desses itens", diz a nota. "Vale ressaltar que o cliente que efetua a compra no estabelecimento pode usar as caixas que são disponibilizadas, sem precisar efetuar o pagamento delas", conclui.

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